Jornalista Zeca Camargo em " Entrevista Coletiva" explica sua saída do Fantástico e planos futuros
Copiado do blog Zeca Camargo/ Um giro pelo universo da cultura, do pop e da cultura pop/do site G1
Enfim, fui mesmo convidado para fazer parte do “Vídeo Show”, não exatamente “anteontem” (como algumas “notícias” querem fazer você acreditar), mas há algumas semanas. Foi um convite que me deixou extremamente contente por dois motivos: o primeiro, e mais óbvio deles, porque é um programa que trata primordialmente de uma área que eu cobri minha vida inteira de jornalismo – o entretenimento; depois, porque era um desejo já relativamente antigo. Eu mesmo já desejava uma mudança – e ela enfim chegou.
Tenho, como já declarei aqui mesmo, uma paixão imensa por esse programa que apresentei até ontem, o “Fantástico”. Afinal, como já sugeri acima, tenho com ele uma relação de mais de 17 anos – uma relação, diga-se, extremamente frutífera. Não quero me repetir aqui (já relatei boa parte da minha história no “Fant” no post que indiquei acima), mas onde mais eu poderia criar tantos quadros e formatos, durante quase duas décadas? Que outro programa me permitiria dar três voltas ao mundo fazendo reportagens – uma delas, inclusive, sem destino certo, com o telespectador escolhendo um novo destino a cada domingo? Ou entrevistar ídolos (meus inclusive) como Paul McCartney, Keith Richards ou Madonna – para citar, claro, apenas alguns? Onde mais eu poderia sugerir o impensável, por exemplo, colocar câmeras numa sala de aula de uma escola pública, para acompanhar tudo o que se passava entre professores e alunos durante um ano – e ver essa ideia aprovada? Em que outro espaço eu poderia fazer matéria de mais de dez minutos sobre temas tão pouco usuais como “massa crítica”, usando a torcida de um grande clássico no Maracanã – e ter um retorno surpreendente? Ou montar uma casa exatamente como se estivéssemos em 1973 para ver como uma família de 2013 se viraria nela?
Essa lista de boas lembranças poderia seguir por vários parágrafos – bem como a de ideias que eu ainda quero ver no “Fantástico” (a gente não desliga assim, de uma hora para outra de um “casamento” tão perfeito e duradouro…). Mas prefiro falar um pouco mais do futuro antes de “encerrar a coletiva”.
Então, “Vídeo Show”! Como vai ser? Tudo que posso dizer por enquanto é que estou encantado com as possibilidades de reformular um programa que tem uma história como a dele. São 30 anos de pura devoção à TV – e que está sempre se reinventando (assim como no “Fantástico”, esse é o segredo de ser tão relevante por tanto tempo). Mais, não posso dizer – pelo menos não agora.
Não estou escondendo o jogo! Se não conto mais é porque tudo ainda está em fase embrionária – e eu não acho justo falar sobre algo que ainda vamos testar antes de decidir se vai ser ou não incorporado ao programa, sem ter a certeza de que é isso que você vai ver lá na frente quando eu estiver no comando dele. Não seria honesto. Sei muito bem como funcionam as expectativas – sobretudo nesse universo que, como já assinalei hoje, está sempre tão sujeito a mirabolâncias e invenções. Então prefiro guardar isso para a tão esperada (pelo menos para mim) “estreia”.
Mas deixo você com uma certeza: a de que entro animado nessa mudança que, aos 50 anos (e 25 de carreira como jornalista) é mais que bem-vinda. Deixo amigos de anos e colegas queridos no “Fant” – mas esse “deixar” é mais uma questão “geográfica” do que de ruptura.
Falo de pessoas que aprendi a admirar e a gostar pelo convívio intenso todos estes anos.
Jamais deixarei de acompanhar – e muito menos de ser fã – do “show da vida”. Minha relação com todos que seguem no programa não deixa espaço para nenhum rompimento drástico ou ressentimento. O que fica é, repito, a admiração e a torcida para que o “Fant” seja sempre esse espelho do nosso cotidiano, tão presente com a própria conversa de família em torno de uma mesa de jantar. Vivo isso desde 1996 – não tem como isso sair de mim.
Todos os amigos que fiz por lá – e tantos que eu já tinha mesmo antes de encontrá-los no programa – seguem comigo, se não na rotina semanal, na alegria do convívio informal. E é com eles – e com você, e com os novos amigos que estou fazendo no “Vídeo Show” – que vou dividir todas as novidades que estão por vir.
Eu não saberia fazer diferente.
Tudo isso, então, é o que passou e está passando pela minha cabeça esses dias. Ninguém nem precisa ser jornalista para entender que não existe uma fonte melhor do que o próprio dono desses pensamentos para transcrevê-los de maneira fiel. Mas, claro, você pode preferir acreditar em quem nem falou comigo…
(Tenho uma semana intensa pela frente, então peço licença para me dedicar também intensamente a ela – e retomamos aqui na segunda-feira que vem. Até lá!).
Enfim, fui mesmo convidado para fazer parte do “Vídeo Show”, não exatamente “anteontem” (como algumas “notícias” querem fazer você acreditar), mas há algumas semanas. Foi um convite que me deixou extremamente contente por dois motivos: o primeiro, e mais óbvio deles, porque é um programa que trata primordialmente de uma área que eu cobri minha vida inteira de jornalismo – o entretenimento; depois, porque era um desejo já relativamente antigo. Eu mesmo já desejava uma mudança – e ela enfim chegou.
Tenho, como já declarei aqui mesmo, uma paixão imensa por esse programa que apresentei até ontem, o “Fantástico”. Afinal, como já sugeri acima, tenho com ele uma relação de mais de 17 anos – uma relação, diga-se, extremamente frutífera. Não quero me repetir aqui (já relatei boa parte da minha história no “Fant” no post que indiquei acima), mas onde mais eu poderia criar tantos quadros e formatos, durante quase duas décadas? Que outro programa me permitiria dar três voltas ao mundo fazendo reportagens – uma delas, inclusive, sem destino certo, com o telespectador escolhendo um novo destino a cada domingo? Ou entrevistar ídolos (meus inclusive) como Paul McCartney, Keith Richards ou Madonna – para citar, claro, apenas alguns? Onde mais eu poderia sugerir o impensável, por exemplo, colocar câmeras numa sala de aula de uma escola pública, para acompanhar tudo o que se passava entre professores e alunos durante um ano – e ver essa ideia aprovada? Em que outro espaço eu poderia fazer matéria de mais de dez minutos sobre temas tão pouco usuais como “massa crítica”, usando a torcida de um grande clássico no Maracanã – e ter um retorno surpreendente? Ou montar uma casa exatamente como se estivéssemos em 1973 para ver como uma família de 2013 se viraria nela?
Essa lista de boas lembranças poderia seguir por vários parágrafos – bem como a de ideias que eu ainda quero ver no “Fantástico” (a gente não desliga assim, de uma hora para outra de um “casamento” tão perfeito e duradouro…). Mas prefiro falar um pouco mais do futuro antes de “encerrar a coletiva”.
Então, “Vídeo Show”! Como vai ser? Tudo que posso dizer por enquanto é que estou encantado com as possibilidades de reformular um programa que tem uma história como a dele. São 30 anos de pura devoção à TV – e que está sempre se reinventando (assim como no “Fantástico”, esse é o segredo de ser tão relevante por tanto tempo). Mais, não posso dizer – pelo menos não agora.
Não estou escondendo o jogo! Se não conto mais é porque tudo ainda está em fase embrionária – e eu não acho justo falar sobre algo que ainda vamos testar antes de decidir se vai ser ou não incorporado ao programa, sem ter a certeza de que é isso que você vai ver lá na frente quando eu estiver no comando dele. Não seria honesto. Sei muito bem como funcionam as expectativas – sobretudo nesse universo que, como já assinalei hoje, está sempre tão sujeito a mirabolâncias e invenções. Então prefiro guardar isso para a tão esperada (pelo menos para mim) “estreia”.
Mas deixo você com uma certeza: a de que entro animado nessa mudança que, aos 50 anos (e 25 de carreira como jornalista) é mais que bem-vinda. Deixo amigos de anos e colegas queridos no “Fant” – mas esse “deixar” é mais uma questão “geográfica” do que de ruptura.
Falo de pessoas que aprendi a admirar e a gostar pelo convívio intenso todos estes anos.
Jamais deixarei de acompanhar – e muito menos de ser fã – do “show da vida”. Minha relação com todos que seguem no programa não deixa espaço para nenhum rompimento drástico ou ressentimento. O que fica é, repito, a admiração e a torcida para que o “Fant” seja sempre esse espelho do nosso cotidiano, tão presente com a própria conversa de família em torno de uma mesa de jantar. Vivo isso desde 1996 – não tem como isso sair de mim.
Todos os amigos que fiz por lá – e tantos que eu já tinha mesmo antes de encontrá-los no programa – seguem comigo, se não na rotina semanal, na alegria do convívio informal. E é com eles – e com você, e com os novos amigos que estou fazendo no “Vídeo Show” – que vou dividir todas as novidades que estão por vir.
Eu não saberia fazer diferente.
Tudo isso, então, é o que passou e está passando pela minha cabeça esses dias. Ninguém nem precisa ser jornalista para entender que não existe uma fonte melhor do que o próprio dono desses pensamentos para transcrevê-los de maneira fiel. Mas, claro, você pode preferir acreditar em quem nem falou comigo…
(Tenho uma semana intensa pela frente, então peço licença para me dedicar também intensamente a ela – e retomamos aqui na segunda-feira que vem. Até lá!).
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