Renner é multada em R$ 2 milhões por exploração de trabalho escravo

Por Cátia Rodrigues/Agéncia Brasil

Uma das maiores redes de lojas de vestuário do País, a Renner foi multada em dois milhões de reais por envolvimento com trabalho escravo de trinta e sete trabalhadores bolivianos.

Os imigrantes -- todos legalmente registrados no Brasil -- produziam peças de roupas para a empresa em condições semelhantes à de escravidão. Eles trabalhavam em uma oficina de costura localizada na periferia da zona norte da capital paulista.

Os bolivianos foram resgatados após uma operação conduzida por fiscais do Ministério do Trabalho de São Paulo e do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério Público do Trabalho e da Defensoria Pública da União.

As investigações duraram três meses e constataram uma situação de trabalho de extrema exploração. De acordo com os fiscais, os trabalhadores bolivianos chegavam a trabalhar até quase 17 horas por dia, ficavam meses sem receber os salários, sofriam assédio moral e violência física.

Os fiscais encontraram o local infestado de insetos e alimentos fora da validade impróprios para consumo.

À frente do comando da ação, o auditor fiscal do Trabalho Luís Alexandre de Faria explica os motivos que levaram os órgãos públicos a responsabilizarem diretamente a Renner pelas condições de trabalho desumanas.

Em comunicado à imprensa, a Renner afirma que repudia e não compactua com a utilização de mão de obra irregular em qualquer etapa de produção dos itens que comercializa.

A empresa confirmou que foi notificada da fiscalização na oficina de costura e se dispôs a garantir o cumprimento das leis trabalhistas ao lado do Ministério do Trabalho.

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